Na semana que passou, as cotações do milho brasileiro tiveram leve valorização. Isso ocorreu, por causa de dois fatores: finalização da colheita – com produção estimada em 93 milhões de toneladas e exportações aquecidas do cereal. O mês de agosto fechou com recorde de 7,5 milhões de toneladas exportadas e setembro já começa com bons números de embarque, prometendo ser um mês bastante expressivo nas exportações. Logo, os produtores brasileiros continuam cautelosos com as vendas, com expectativas de obterem preços melhores nas próximas semanas. As expectativas de exportação para a China tomaram força, após noticiarem que o Brasil está ajustando os últimos detalhes para iniciar a exportação de milho ao país asiático, que deverá comprar volumes expressivos da produção brasileira. O último Relatório de Condições de Lavouras, divulgado na terça-feira (06/09), trouxe uma estabilidade nas condições de lavouras boas a excelentes, indo contra a expectativa de melhora do mercado. Por falar em mercado externo, Chicago finalizou a semana com uma alta expressiva de +4,34%, encerrando a semana valendo 6,97 dólares por bushel. Já o dólar fechou a semana em queda de -0,58%, valendo R$5,15. No cenário de leve queda no dólar e alta expressiva em Chicago, as exportações tendem a continuar aquecidas.
O QUE ESPERAR DO MERCADO? A expectativa de continuidade de alto volume de exportação no mês de setembro servirá de suporte para as cotações brasileiras, sendo um contrapeso à superprodução do Brasil, que trouxe para o mercado uma oferta enorme de milho. Diante disso, as cotações poderão ter uma semana de alta.
Análise de Ruan Sene, analista de mercado da Grão Direto