Linha de crédito não é operacionalizada para atender os produtores de café. Em 2020, dos R$ 160 milhões destinados à recuperação de cafezais, apenas R$ 21,7 milhões foram utilizados
“O problema é a burocracia e o efetivo acesso aos recursos. O Funcafé precisa ser direcionado a quem mais precisa, o cafeicultor”, alerta Fábio de Salles Meirelles, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), ao destacar a importância da acessibilidade dessa linha de crédito aos cafeicultores paulistas.
Em 2020, o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) destinou R$ 160 milhões para a recuperação dos cafezais, mas apenas R$ 21,7 milhões foram efetivamente emprestados aos produtores, conforme levantamento do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira-Funcafé – Contratações Ano Safra 2020/2021 do MAPA.
“O crédito não está sendo operacionalizada para atender o produtor e a nossa queixa busca mudar essa realidade. Exemplo disso é o Banco do Brasil, maior instituição de fomento ao crédito rural do País, que não realizou nenhuma operação com recursos da linha de recuperação de Cafezais”, explica Meirelles.
O Conselho Nacional do Café (CNC) ampliou o crédito por conta dos impactos das geadas no campo e irá destinar R$ 1,32 bilhão para as linhas de financiamentos do Funcafé. O Governo Federal estabeleceu que a concessão das linhas de financiamento seja atrelada à contratação de seguro rural.
A federação realizou uma visita técnica na última semana para avaliar os prejuízos causados pelas geadas aos cafezais do município de Caconde, o maior produtor dessa