O Brasil, um país abençoado pelo clima, solo e outras características – ressalto aqui o “produtor rural brasileiro” – tornou-se um dos maiores produtores e exportadores de alimentos.
Essa vocação natural, somada à pujança do produtor rural, trouxe o Agro até aqui!
Fatores econômicos, como o plano Real, foram fundamentais para o bom desempenho e investimentos do setor produtivo. Porém, a má gestão pública dos últimos anos atrapalhou, em parte, a produção Brasileira e, por consequência, a rentabilidade do produtor!
Quando juntamos a agricultura e a economia, vemos as interferências políticas de um país com tamanha vocação para a produção rural e tantas outras possibilidades que o Agro tem promovido não terem a real percepção da classe política. Ou seja, é necessário maior atenção ao setor, pois, nestes anos de “confusão” no cenário político, a produção rural foi a responsável pela estabilidade econômica, tendo que ser mais bem assistida pelos gestores públicos.
Temos e devemos reconhecer o trabalho de parte da classe política, pois alguns exemplos em São Paulo, e também no Brasil, têm feito a diferença. Um exemplo foi a gestão da secretaria de Agricultura e Pecuária de São Paulo pelo então secretário e deputado Arnaldo Jardim.Temos também a FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária), que tem desenvolvido um bom trabalho em Brasília (DF).
Com esta constatação, observo ser de suma importância que entidades do Agro estejam fortalecidas, tais como sindicatos rurais, federações e associações setoriais (cana, café, grãos, algodão, corte, leite, etc.), pois, somente com a sociedade produtora organizada poderemos ter mobilização e sensibilização da classe política. Com interlocuções, poderemos ter avanços na Agricultura e, por consequência, na economia brasileira.
Gustavo Ribeiro Rocha Chavaglia
Presidente da Aprosoja SP, presidente do Sindicato rural de Ituverava, conselheiro da Associação de Produtores de Cana-de-açúcar (Canoeste) e coordenador técnico da Comissão Especial de Energia Renovável da FAESP.