//Caras Country Talk : Quando propósito se torna a essência de uma nova beleza

Caras Country Talk : Quando propósito se torna a essência de uma nova beleza

O Caras Country Talk, realizado no último dia 15 de outubro, trouxe à tona um conceito poderoso: a verdadeira beleza está em trabalhar com propósito. Em um evento que uniu sofisticação e consciência, o foco principal foi destacar o impacto positivo das mulheres no agronegócio brasileiro. Mais do que uma celebração de estilo, o encontro reforçou que o glamour genuíno vem de ações que geram transformação e contribuem para o crescimento sustentável, mostrando que o sucesso, quando guiado por propósito, brilha ainda mais intensamente.

 

 

No evento CARAS Country Talks, realizado no Blue Note São Paulo, na última terça-feira, 15, a força feminina no agronegócio foi o grande destaque da noite. O evento, idealizado por Lana Bitú, Redatora Chefe da revista CARAS, trouxe à tona uma conexão poderosa entre as mulheres do agro. Lana comemorava o sucesso da iniciativa que, junto com a equipe da CARAS e com o apoio irrestrito do CEO Luiz Maluf, tem dado visibilidade às mulheres que protagonizam o setor. Agora, as páginas da revista não trazem apenas rostos de artistas ou figuras já conhecidas, mas também histórias de mulheres que, além de serem incríveis, estão diretamente envolvidas no trabalho árduo do campo – desde operar tratores até tomar decisões cruciais para a sustentabilidade de suas lavouras.

O ponto alto do evento foi a participação do professor José Luiz Tejon, um dos maiores conferencistas do agronegócio brasileiro. Tejon, mediador do encontro, enfatizou as virtudes que tornam as mulheres peças fundamentais no sucesso do agro. Ele destacou que, em estudos realizados ao longo de nove anos, com milhares de mulheres envolvidas no Congresso Nacional das Mulheres do Agro (evento que acontece nos próximos dias 23 e 24 de outubro, em sua nona edição), algumas qualidades se sobressaíram de maneira impressionante.

Ele começou falando sobre a capacidade inata de liderança das mulheres. “Quando perguntamos a elas se se consideram líderes, a resposta quase unânime é sim.” Para ele, essa resposta reflete o compromisso íntimo que as mulheres carregam dentro de si, algo visível em suas ações diárias. Outro ponto ressaltado foi a resiliência, que se revela no enfrentamento de desafios tanto no campo quanto na gestão. As mulheres do agro, são resilientes por natureza, capazes de se reerguer e adaptar-se a qualquer adversidade, sem perder de vista seus objetivos.

A comunicação foi outro traço destacado. Elas possuem uma habilidade única de se conectar e comunicar com clareza e sensibilidade, um fator crucial para o sucesso de qualquer negócio. Além disso, lembrou sobre o espírito empreendedor feminino: “Vocês gostam de ganhar dinheiro e são incríveis em transformar ideias em resultados”, destacando o foco das mulheres em gerar lucro e alcançar objetivos, sem perder o olhar humano.

Com empatia e o capital afetivo elas conseguem tocar corações e mentes de maneira única, criando conexões profundas e genuínas em seus ambientes de trabalho e comunidades. Esse poder biológico e emocional fortalece a presença feminina no agronegócio, transformando não apenas negócios, mas também vidas.

Outro aspecto destacado foi a responsabilidade que essas mulheres carregam. Ele enfatizou que, onde há uma mulher envolvida, há uma preocupação constante com o bem-estar social, o meio ambiente e o futuro. As mulheres no agro estão sempre à frente em ações de impacto social, sucessão e proteção dos recursos naturais.

As empresárias Belisa Souza Maggi, Débora Bortolasi e Emília Raucci destacaram a crescente atuação feminina no agronegócio, em um painel que coincidiu estrategicamente com o Dia Internacional da Mulher Rural, reforçando o papel fundamental das mulheres no setor.

O segundo painel, intitulado “Compromisso Alimentar, Energético e Ambiental: Mulheres Agro Líderes”, trouxe à tona três mulheres com trajetórias marcantes: Ani Heinrich Sanders, Juliana Farah e Sônia Bonato. Sob a mediação de José Luiz Tejon, os relatos foram poderosos, revelando diferentes perspectivas e forças que moldam o agro liderado por mulheres.

Belisa Souza Maggi, do Grupo Amaggi, destacou a responsabilidade que acompanha a liberdade de sua geração. Ela emocionou o público ao falar sobre a importância de honrar o legado que recebeu, sempre com um forte senso de responsabilidade, tanto nos negócios quanto no âmbito pessoal. Para Belisa, a liberdade de inovar e avançar deve sempre vir acompanhada de um profundo compromisso ético.

Débora Bortolasi, diretora-executiva B2B da Vivo, trouxe uma perspectiva sobre os desafios tecnológicos no Brasil rural. Segundo ela, a colaboração é essencial para ampliar a conectividade no campo, levando infraestrutura, tecnologia e inovação para as áreas produtivas que ainda carecem desses avanços. Débora destacou que o Brasil tem um imenso potencial para crescer no agro, mas a colaboração entre empresas, cooperativas e agricultores é fundamental para isso.

Emília Raucci, diretora de qualidade da JBS, falou sobre a transformação tecnológica no setor, ressaltando como a digitalização dos processos tem contribuído para o desenvolvimento da empresa. Ela destacou o impacto da inovação no dia a dia dos colaboradores e o papel fundamental da liderança feminina em impulsionar essas mudanças, promovendo uma gestão mais humana e eficiente.

Ani Heinrich Sanders, fundadora do Movimento Mulheres de Fibra e superintendente administrativa do Grupo Progresso, trouxe uma visão profundamente conectada ao valor humano no agronegócio. Ao compartilhar sua experiência, Ani destacou que, além de falar sobre o produto final, é essencial contar a história do produtor e da propriedade. Segundo ela, os desafios da transformação agrícola vão além da industrialização, passando pela valorização do ser humano e pela adaptação às novas realidades. Sua visão reflete um cuidado especial com as pessoas que fazem o agro, destacando que “eles ficam lá dois a três meses e retornam, porque a carência é muito grande”. Ani reforça a necessidade de uma transformação que respeite o produtor, verticalizando e industrializando sem perder a conexão com a origem.

Juliana Farah, vice-presidente da Comissão Semeadoras do Agro da FAESP, trouxe ao debate uma perspectiva institucional e de impacto social. Juliana ressaltou a importância do sindicato rural como protagonista de ações de saúde, bem-estar e desenvolvimento para as comunidades agrícolas. Ela destacou como o sistema FAESP/SENAR e o sindicato proporcionam serviços essenciais, como mamografias e biópsias, aos trabalhadores rurais, totalmente custeados. Juliana enfatizou a relevância de olhar além do campo produtivo e cuidar da saúde e dignidade dos que fazem o agro acontecer. Sua fala evidenciou o papel das instituições em dar suporte não só técnico, mas humano às regiões rurais do Brasil.

 

Sônia Bonato, produtora rural com quase 30 anos de experiência e embaixadora do agro, encerrou o painel com uma fala inspiradora sobre união e força feminina no campo. Com uma trajetória de sucesso que conecta diversas regiões do Brasil, Sônia fez questão de agradecer a participação de mulheres vindas de lugares tão diversos quanto Pará, Piauí, Tocantins, Minas Gerais, Paraná e São Paulo, destacando a importância da diversidade no agro. Sua fala foi uma celebração da capacidade de superação e inovação das mulheres no campo, lembrando que essa força não está apenas na produção, mas também na liderança de uma transformação social e ambiental no setor.

O CARAS Country Talks representou mais um capítulo dessa revolução feminina no agronegócio. Nos últimos dois anos, a revista CARAS vem destacando e acompanhando de perto as trajetórias dessas mulheres, amplificando suas vozes e celebrando suas conquistas em diversas plataformas, como a coluna CARAS Country.

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