Daltonismo é um distúrbio da visão que interfere na percepção das cores. Também chamado de discromatopsia ou discromopsia, sua principal característica é a dificuldade para distinguir o vermelho e o verde e com menos frequência, o azul e o amarelo.

Em maior ou menor grau, essa é a única alteração visual que os daltônicos apresentam. Um grupo muito pequeno, porém, tem visão acromática, ou seja, só enxerga tons de branco, cinza e preto.

Mas não é do distúrbio visual que queremos falar nesta edição. Estamos de volta com uma pauta que pode parecer redundante para algumas pessoas, mas necessária para melhor entendimento de muitos, que continuam a divulgar uma imagem distorcida do Brasil em termos de conservação e proteção ao meio ambiente. Pessoas que se transformaram em daltônicas por opção ou profissão.

A matéria de capa com o título “540 milhões a mais de tons de verde”, mostra o belo trabalho realizado pela Embrapa sobre o tema, inclusive chancelado pela NASA. O cruzamento de dados georreferenciados do CAR (Cadastro Ambiental Rural) e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) entre outras pesquisas da entidade, mostra com propriedade e muita clareza a real situação do Brasil na questão ambiental.

Poderíamos ter feito algo do tipo “mais de cinquenta tons de cinza” uma referência sobre o que muitos países “desenvolvidos” fizeram com suas florestas, rios e meio ambiente. E como o discurso sobre as questões ambientais brasileiras, residem em uma região cinzenta, é difícil saber identificar os reais interesses destes ataques.

Seja como for, queremos dizer que o nosso agronegócio vai bem e que o nosso produtor rural está entre os melhores do mundo, mesmo não tendo os subsídios gordos a exemplo de alguns países e obedecendo as regras de um código florestal, com regras bem definidas e severas, onde o ponto principal é produtividade com sustentabilidade. Um equilíbrio entre produção e conservação que só o produtor rural brasileiro é capaz de conseguir.

Seria utopia achar que toda prova, estudo, pesquisa serão capazes de um dia mudar as narrativas daqueles que insistem em falar mal do Brasil? Pois estamos descobrindo que as motivações para esse “fenômeno” são muitas, menos com o meio ambiente.

Portanto, enquanto essa minoria tenta lacrar contra o Brasil, continuamos a alimentar mais de 1.5 bilhões de bocas pelo mundo. Quanto aos “daltônicos”, continuam a ter dificuldades em enxergar quão verde é o Brasil. Lamentável!