No último dia 4, o Oeste de Santa Catarina foi tomado por emoção, reflexão e uma energia difícil de descrever. A palestra de Thaciana Reis reuniu mais de 500 mulheres do agro e fez cada uma delas olhar para dentro, repensar o significado da força e do silêncio, e perceber que às vezes é preciso parar para se reencontrar.
O salão estava cheio, o som das conversas enchia o ar e o clima era de reencontro. Bastou Thaciana subir ao palco para que tudo se transformasse. Aos poucos, o silêncio foi tomando conta, e ficou claro que aquela não seria apenas mais uma palestra, seria um convite à verdade.
Com voz firme e olhar acolhedor, entre umas frases e outras, entre um chamamento e outro, Thaciana disse, “Precisamos parar de chamar de força o que é sobrecarga.”
Naquele instante, muitas se reconheceram. Produtoras rurais, empresárias, mães, filhas, mulheres que carregam o campo e a família nos ombros. Quantas vezes confundimos resistência com peso? Quantas vezes chamamos de coragem o cansaço que insiste em ser disfarçado?
A cada frase, Thaciana convidava à pausa, à escuta, à reflexão.
“Você está enxergando o ponto cego?”
“Quais silêncios você tem carregado?”
Palavras simples, mas que tocaram fundo. O auditório parecia respirar junto, como se cada mulher encontrasse dentro de si um pedaço da resposta que procurava.
Ela falou sobre autenticidade e sobre respeitar o próprio tempo.
“Se ao invés de lutar contra, aprendêssemos a respeitar o próprio ciclo?”, perguntou com doçura. E ninguém respondeu, porque todas entenderam. Às vezes, é preciso apenas aceitar.
O que torna tudo ainda mais verdadeiro é que Thaciana fala a partir de si mesma. Ela usa sua própria história de vida, compartilha o que viveu e o que superou, e é por isso que o público sente cada palavra como verdade. Há entrega, emoção e identificação. Ela não apenas fala, ela se conecta.
Entre risos, lágrimas e olhares cúmplices, Thaciana lembrou que a verdadeira coragem é continuar mesmo quando ninguém está olhando, nas madrugadas de plantio, nas decisões difíceis, nos dias em que o corpo pede pausa e o coração ainda busca fé.
Antes de encerrar, ela deixou vários questionamentos e uma pergunta no ar, suave e poderosa, “O que eu posso fazer agora?”
E foi com essa frase que as mulheres saíram do auditório, mais leves, mais conscientes e mais conectadas consigo mesmas.
A palestra terminou, mas a mensagem ficou.
Thaciana Reis não apenas falou, ela despertou.
Parabéns à empresa Bortoluzzi, que acredita no agro, apoia a causa e, principalmente, valoriza as mulheres que estavam ali, vivendo aquele momento de reflexão e força.
E se você quiser reencontrar Thaciana Reis, ela será uma das palestrantes do CNMA – Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio, nos dias 22 e 23 de outubro, em São Paulo.
