Ninguém imaginava que o dia 13 de novembro guardava uma travessia tão improvável: o campo entrando na avenida e a avenida abrindo espaço para o campo. Bastou dobrar a esquina da quadra da Rosas de Ouro para sentir que algo especial estava no ar.
Certamente é obra da diretora de marketing Lana, que jamais deixa de surpreender com suas ideias inovadoras. As primeiras a chegar, Carolina Gama, a embaixadora Sônia Bonato e a incansável Marlei, que cuidava dos bastidores, Carol, recebia cada mulher com uma alegria que iluminava mais que os refletores. Logo depois, a limusine das meninas de Holambra e região estacionou na porta. Muitas mulheres que ali chegavam, nunca tinham entrado numa quadra de escola de samba, mas sob aquele teto azul e dourado a novidade virou encanto e a timidez se transformou em brilho.
O estranhamento durou pouco. Quando a bateria entrou, aquela vibração que sobe do peito para os pés tomou conta de todas. Advogadas, agricultoras, pecuaristas, empreendedoras, motoristas de trator, comandantes de colheitadeira… todas acabaram no centro do salão, como se atendessem a um chamado antigo e irresistível.
Entre o brilho dos paetês e a força das botas, nasceu um samba-enredo invisível que uniu dois mundos que antes caminhavam separados. A Rosas de Ouro abriu seus braços, e o agro respondeu com tradição, coragem e verdade.
Sob a liderança firme da presidente Angelina Basílio, a quadra virou um grande barracão de ideias. As mulheres que calculam safras, enfrentam mercados e decifram o clima descobriram ali outro tipo de plantio, feito de coletividade, criatividade e emoção. Cada instrumento parecia contar um pedaço da história de quem move o país com determinação e delicadeza. As palestrantes Juliana Farah da comissção Semeadoras do Agro (Faesp) e a advogada Samanta Pineda truxeram reflexões importantes, para as mulheres do campo.
No centro de tudo estava Sônia Bonato, nossa embaixadora, representando o agro com a força serena de quem sabe que o protagonismo feminino brilha em qualquer palco. Ali, tudo pulsava: o som dos tamborins, o vai-e-vem dos aderecistas, o desenho das alegorias tomando forma, e o coração de cada mulher batendo firme.
A Revista Agro agradece à Revista Caras, na pessoa de Lana e Carol Gama, por escrever conosco esse capítulo tão especial.
Assim, entre tradição e ousadia, o agro sambou.
E a Rosas de Ouro respondeu no mesmo compasso.
Um encontro improvável.
Um enredo inesquecível.
Um começo que ainda promete muito.
















