
No tranquilo bairro da Capelinha, às margens da movimentada rodovia Fábio Talarico, uma narrativa peculiar emerge da serenidade cotidiana. Em um lugar onde o silêncio é quebrado apenas pelos murmúrios suaves do vento e o ocasional eco de uma ave distante, a comunidade local está testemunhando uma metamorfose inusitada. Ali, em meio à quietude que envolve o velório do bairro, uma nova história está sendo escrita, e ela tem como protagonista o empreendedorismo improvável.

O terreno que antes testemunhava tristezas e despedidas agora dá lugar a canteiros de esperança e vitalidade. Os empreendedores locais não apenas estão cultivando ideias, mas também plantando sementes de sustentabilidade, nutrindo o solo com resiliência e visão de futuro.

O projeto iniciou com um curso no cenário local, fornecido pelo Centro de Educação em parceria com a prefeitura e o Sindicato Rural. Os participantes, em sua maioria leigos no assunto, foram capacitados desde a análise do solo até o manejo e cultivo das hortaliças. Sob a supervisão do instrutor Laércio(Lala), o grupo de dez pessoas não apenas absorveu os conhecimentos, mas também aplicou-os com entusiasmo.
Daniela Teixeira, mentora do projeto, expressou sua alegria ao participar do “Plantando Saúde” e como isso influenciou positivamente sua vida. “A horta é um espaço terapêutico. Aqui não só plantamos, mas também conversamos e compartilhamos situações do cotidiano, fortalecendo o vínculo de todos os participantes e se torna um espaço de terapia ocupacional, além de fornecer verduras gratuitamente para creche local, todas tratadas com produtos naturais.”
Para a produtora a Horta Comunitária não se limita a ser um local de produção agrícola,” é um espaço terapêutico que fortalece os vínculos sociais. Cíntia, responsável pelo cuidado diário da horta, destaca ainda o caráter terapêutico do projeto, ressaltando como ele vai além do simples plantio, proporcionando um ambiente de partilha e conversas que fortalece a comunidade”.

Para Fabiana, coordenadora do Senar do Sindicato Rural de Ipuã, “é um trabalho fantástico aqui, com o Laércio, o nosso instrutor e com o nosso presidente do sindicato, Antônio Wilson de Oliveira. A gente sentiu essa necessidade de apresentar isso para a sociedade porque os projetos do SENAR/Sp não são só pontuais e esse é um projeto que você dá continuidade, com uma visão holística de todo o processo. É uma série continuada, é um combo completo.

A Capelinha, antes conhecida por sua tranquilidade e serenidade, agora se transforma em um laboratório de ideias audaciosas, onde empreendedores moldam o futuro nos lugares mais inesperados. Este é o começo de uma narrativa fascinante, onde os terrenos atrás do velório se tornam o epicentro de uma ação empreendedora, desafiando todas as expectativas e construindo um novo capítulo na história do local.