Marcos Fava Neves, Rafael Bordonal Kalaki e Pedro Galvão Caserta
Exportações do agro em 2018 continuam crescendo e em fevereiro alcançam a ordem de US$ 6,23 bilhões. Valor 5,2% maior quando comparado ao mesmo mês de 2017 (US$ 5,92 bi). No segundo mês de 2018, as importações do setor chegaram a US$ 1,08 bi, representado uma leva queda de -1,38% em comparação ao mesmo período do ano passado. Com isso, o saldo do agro para fevereiro foi de US$ 5,15 bilhões (6,67% superior quando comparado ao ano anterior).
Os demais produtos brasileiros fora do agro apresentaram expressivo crescimento de 16,1% em comparação a fevereiro do ano anterior (US$ 9,5 bi), alcançando assim a ordem de US$ 11,08 bilhões. Isso levou o saldo do agronegócio nas exportações brasileiras à representar 36,0% do total exportado pelo Brasil no mês.
O saldo da balança comercial total brasileira em fevereiro de 2018 foi de incríveis US$ 4,9 bilhões em valor exportado, (7,7% maior que o mesmo período em 2017) sendo o maior saldo para o mês em 30 anos. Esse resultado alcançou valores recordes devido à venda de uma plataforma de petróleo (a qual se manteve em solo nacional), para subsidiárias brasileiras no exterior, sendo registrada aqui no país como equipamento alugado (prática essa conhecida como exportação ficta). Além disso, as exportações de tratores continuam apresentando crescentes aumentos.
Esse resultado alcançou valores recordes devido à venda de uma plataforma de petróleo para subsidiárias brasileiras no exterior, sendo registrada aqui no país como equipamento alugado.
No acumulado do ano, as exportações do agro alcançaram US$ 12,3 bi, um crescimento de 5% quando comparado ao mesmo período de 2017. O saldo da balança no setor nos dois primeiros meses foi de US$ 10,06 bilhões (crescimento de 6,83% em relação ao acumulado do mesmo período no ano passado) e o agro teve participação de 36,1% nas exportações totais do país no acumulado do ano.
Neste fevereiro, os principais produtos exportados pelo agro foram: complexo soja (US$ 1,67 bi), carnes (US$ 1,10 bi), produtos florestais (US$ 1,07 bi), complexo sucroalcooleiro (US$ 0,54 bi), café (US$ 0,40 bi), cereais (US$ 0,26 bi), sucos (US$ 0,19 bi), couros (US$ 0,17 bi) fumos e seus produtos (US$0,15 bi) e fibras e produtos têxteis (US$0,12 bi).
Em relação aos destinos das exportações, os principais mercados foram: União Europeia (US$ 1,39 bi), China (US$ 1,33 bi), EUA (US$ 0,53 bi), Hong Kong (US$ 0,22 bi), Irã (US$ 0,16 bi), Arábia Saudita (US$ 0,16 bi), Japão (US$ 0,14 bi), Emirados Árabes (US$ 0,13 bi), Coreia do Sul (US$ 0,13 bi) e Indonésia (US$ 0,11 bi).
No acumulado do ano, as exportações do agro alcançaram US$ 12,3 bi, um crescimento de 5% quando comparado ao mesmo período de 2017. O saldo da balança no setor nos dois primeiros meses foi de US$ 10,06 bilhões (crescimento de 6,83% em relação ao acumulado do mesmo período no ano passado) e o agro teve participação de 36,1% nas exportações totais do país no acumulado do ano.
Neste fevereiro, os principais produtos exportados pelo agro foram: complexo soja (US$ 1,67 bi), carnes (US$ 1,10 bi), produtos florestais (US$ 1,07 bi), complexo sucroalcooleiro (US$ 0,54 bi), café (US$ 0,40 bi), cereais (US$ 0,26 bi), sucos (US$ 0,19 bi), couros (US$ 0,17 bi) fumos e seus produtos (US$0,15 bi) e fibras e produtos têxteis (US$0,12 bi).
Em relação aos destinos das exportações, os principais mercados foram: União Europeia (US$ 1,39 bi), China (US$ 1,33 bi), EUA (US$ 0,53 bi), Hong Kong (US$ 0,22 bi), Irã (US$ 0,16 bi), Arábia Saudita (US$ 0,16 bi), Japão (US$ 0,14 bi), Emirados Árabes (US$ 0,13 bi), Coreia do Sul (US$ 0,13 bi) e Indonésia (US$ 0,11 bi).
Tabela 1. Os 10 principais produtos e destinos de Fevereiro de 2018
Produto | US$ Bi | Variação 17-18 (%) | País | US$ Bi | Variação 17-18 (%) | |
1 | COMPLEXO SOJA | 1,67 | -2,02% | União Europeia | 1,34 | 24,70% |
2 | CARNES | 1,11 | -2,07% | China | 0,54 | -5,34% |
3 | PRODUTOS FLORESTAIS | 1,08 | 46,34% | Estados Unidos | 0,22 | 14,01% |
4 | COMPLEXO SUCROALCOOLEIRO | 0,54 | -34,91% | Hong Kong | 0,16 | 41,53% |
5 | CAFÉ | 0,40 | -12,07% | Irã | 0,16 | 0,64% |
6 | CEREAIS | 0,27 | 74,75% | Arábia Saudita | 0,15 | -34,10% |
9 | SUCOS | 0,20 | 51,85% | Japão | 0,13 | 17,09% |
7 | COUROS | 0,17 | -14,82% | Emirados Árabes | 0,13 | 108,80% |
8 | FUMO E SEUS PRODUTOS | 0,16 | 59,90% | Coreia do Sul | 0,12 | 6,91% |
10 | FIBRAS E PRODUTOS TÊXTEIS | 0,13 | 96,39% | Indonésia | 0,11 | 37,24% |
O agronegócio continua sendo primordial para o saldo positivo na balança comercial brasileira, sendo evidenciado pela sua elevada participação no superávit das exportações nacionais. Somente o complexo da soja teve crescimento de 62% nas exportações quando comparado a janeiro deste ano, motivado principalmente pelo contínuo aumento da demanda chinesa pela commodity brasileira.
O ano se inicia bem para o agro, e em 2018 esperamos que o setor continue trazendo bons frutos para o país.
Marcos Fava Neves é professor titular da FEA-RP / USP na área de estratégia e professor Visitante da Purdue University – EUA.
Rafael Bordonal Kalaki é eng. Agrônomo, sócio do Markestrat e doutorando em administração pela FEA-RP / USP.
Pedro Galvão Caserta é graduando em Administração na FEA-RP/ USP e estagiário do Markestrat.