//SEGURANÇA NO CAMPO

SEGURANÇA NO CAMPO

FAESP e sindicatos reivindicam por mais segurança no campo

Entre as solicitações, os produtores destacaram a necessidade de elaboração de um cadastro das propriedades com rotas de acesso e a criação de um batalhão e delegacias da Polícia Militar especialmente para a área rural

A sede do SENAR de Ribeirão Preto foi palco para um encontro entre o Sistema FAESP/SENAR-AR/SP e mais de 35 Sindicatos Rurais da Alta Mogiana, no dia 25 de julho, para tratar e debater a preocupação com a segurança da classe produtora rural.

A reunião contou com a presença do ilustríssimo Cel. Frederico José Diniz, coordenador técnico de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública – SSP/SP, do vice-presidente da FAESP, o presidente do Sebrae, Tirso de Sales Meirelles, e também do assessor especial da Presidência da FAESP, Coronel Ronaldo Severo Ramos, vários presidentes dos Sindicatos da Alta Mogiana e toda equipe do Senar de Ribeirão Preto, que apoiam e acompanham toda ação e coordenação da Federação.

 

“Discutimos pontos importantes e os sindicatos puderam pontuar seus anseios à Secretaria de Segurança pública juntamente com a FAESP; um apoio que o Dr. Fábio pediu ao Governador João Dória e ele, de imediato, deu essa abertura. Assim, fizemos esse primeiro piloto na região de Ribeirão Preto e iremos abranger mais de 150 presidentes de sindicatos”, expressou Tirso.

Preocupada com a situação dos produtores, desde 1998, juntamente com a Polícia Militar, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo vem planejando ações de segurança no campo por meio de troca de informações entre os militares e comunidades rurais, visando facilitar a elaboração de ações preventivas e de controle à criminalidade, um assunto complexo e multidisciplinar.

“Durante o encontro em Ribeirão, vários presidentes apresentaram reivindicações, sugestões e também desabafos com relação às dificuldades que têm encontrado para sanar este problema. É necessária uma ação imediata dos poderes públicos, levando ao campo a segurança para que o produtor tenha condições de aprimorar cada vez mais a produção com produtividade”, anunciou o presidente da FAESP, Dr. Fábio Meirelles.

Júlio Mendonça, presidente do sindicato rural de Miguelópolis, evidenciou preocupação quanto ao aumento da criminalidade em sua região. “Há um aumento gigantesco de todo o tipo de furto, roubo e assaltos. Todo dia, recebo de um produtor uma reclamação do município e da região. Todo dia, no mínimo, um foi assaltado. Nós, os proprietários rurais, não sabemos se quando chegarmos em nossa fazenda, nossos animais ou nosso maquinário estarão lá. Já virou um caos, não só na nossa região, mas no Brasil inteiro.”

Para o presidente do Sindicato de Bebedouro, José Osvaldo Junqueira Franco, reuniões como essa proporcionam maiores esclarecimentos e melhor ligação com o poder público. “Expusemos a grave situação para a Secretaria de Segurança Pública quanto à insegurança na área rural, que não aparece no registros devido à falta de Boletins de Ocorrência na maioria dos casos. Entre as sugestões apresentadas estão: necessidade de elaboração de um cadastro das propriedades rurais com rotas de acesso; criação de um batalhão e delegacias da Polícia Militar especialmente para a área rural; e integração com as polícias dos estados vizinhos”, divulgou.

Lourival de Castro Andreoli, presidente do SR de São Joaquim da Barra, destacou a utilização da tecnologia para o benefício do homem do campo. “Tivemos uma conversa nesse sentido de criarmos uma sociedade de proteção aos agricultores, de nos unirmos e montarmos uma plataforma para que se comunique, com o apoio da polícia. É um trabalho árduo e difícil, mas creio que a gente consiga fazer assim.”

Como exemplo, o presidente do SR de Altinópolis, Guilherme Salomão, mostrou que, através de parceria com a Polícia Militar de seu município, foi criado um grupo na rede social, para estreitar o contato com as autoridades. “Criamos um grupo no WhatsApp onde esses produtores têm acesso e podem adicionar qualquer eventual problema que venha a ocorrer na zona rural.”

Finalizando, o assessor especial da Presidência da FAESP, Coronel Ronaldo Severo Ramos, apontou que debates como este podem fazer a diferença para o meio rural. “Essa conversa junto com as casas da Agricultura, por intermédio da Federação de agricultura, faz com que a gente tenha uma noção mais precisa dos problemas vivenciados. Então, conhecendo o problema, a gente consegue construir uma solução.”

“Conhecendo o problema, a gente consegue construir uma solução.” – Coronel Ronaldo Severo Ramos